Torre de Belém - Lisboa
Portugal
É sempre no regresso a esta Lisboa que eu amo, que a paixão se manifesta com mais naturalidade, mesmo com o Sol perdido de amores, pelas nuvens traquinas...
Nas águas deste Tejo amante e rei
Navego entre duas margens rainhas
No ir e voltar dos barcos sulcadores
Onde ainda vejo sereias sedutoras
E brisas de afago solto e doce.
Nesta Lisboa capital imensa
Onde ecoam gritos e pregões roucos
De frescuras matinais e brilhantes
No carrossel das horas madrugada
E sóis dourados de olhares turísticos.
Nesta menina cidade luz azul
Há mundos errantes e culturas
Há risos, abraços, saudade e ciúmes
Há forças de ruas típicas e socalcos
Há ruído de espaço vida e festa.
Tanto que me vejo nela cidade
Assimetria de águas e letras cantadas
Orgulhos e um sentir de história própria
E casar eterno da sua beleza colina
É Lisboa cantadeira e sempre flor!
in-POEMAS (OUTONO) 2008