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terça-feira, fevereiro 24, 2009

Na volta do correio...



quadro de autor desconhecido...


Na minha edição de 15 de Fevereiro CARTA A UM AMOR...AMIGO, dava a conhecer uma "possível" carta de preocupação.

Nove dias depois, chegou-me por e-mail, esta carta "resposta"...

Com a ressalva dos direitos acordada, edito-a com muito gosto. Um pequeno destaque, não conheço a "amizade" em causa...mas gostaria de conhecer este "saber" ser amigo.

Meu grande amigo. Meu amor...de amizade perfumada!

Encontro-me na terceira ou quarta leitura da tua carta. No meio do tempo escasso da tua (minha) liberdade de vivência solta, deixo correr o sorriso, pelo tempo da tua dedicação, em sintonia...com o "amuo" de não te ter ao pé de mim.

No últimos tempos, os caminhos do nosso viver, são veredas sem sentido, serras nuas e, orientações escassas para um simples abraço, onde possamos calar palavras e dar largas ao diálogo de olhares em silêncio...porque amigos.

Acautelaste ...(avisei-te), que os sonhos da luta laboral de cada um, seriam muros altos, bloqueadores de céus, sóis e olhares.

Que fazer, perante "presentes" coloridos de conforto, contra tristezas de solidões em cascata?

Como te entendo. Como te vejo, preocupado...na análise do meu extinto sorrir, nas lágrimas constantes dos meus olhos (já foram grandes e bonitos...obrigada!), no encolher diário dos ombros...e deixar-me cair sem coragem, balbuciando um mero e repetido : - Seja!

Sabes...(sei), que não é fácil. Sabes...(sei), que a valsa prometida é tua, por mérito absoluto, até esgotar a pauta. Sabes...(sei), que és o único capaz de dizer amor...com amizade...que tesouro! Sabes...(sei), que jamais te devolveria uma carta...mas retribuiria com outra, uma vez que é o único aperto de mãos que nos encontra.

Deixa-me dizer...Meu Amor, como se dois corações unidos levitassem em espaço único, como estou contigo. Mas, não é possível, nunca será, apesar de te amar na tua essência de presente, mesmo ausente.

Perdoa-me, começa a ser difícil centrar mais atenção nesta carta, neste olhar turvo, de palavras que me fogem...

Como adorei a figura recordada do ramo de alfazema, nesse jardim onde discutimos abertamente a minha falta de coragem. Ainda me lembro do teu grito, lançado à minha alma indecisa: - És capaz...sim! Lembras-te ???Acordaste aquele bébé, que dormia no colo da mãe também sonolenta...

Promete-me...(prometo-te), uma simples palavra...SEMPRE e, deixa o mundo acreditar que o universo é amigo.

Nesta vida...onde se ganha o salário para viver, perdem-se tantas alegrias...como estar contigo em momentos infindáveis de cumplicidade amiga.

Beijo-te neste teu...(meu) mar sem fim, na esperança de poder aportar rapidamente aos teus braços e, sentir-me confiante.
M.E.