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https://youtu.be/IhAFEo8DO2o

terça-feira, maio 05, 2009

Soneto da palavra...



...gentileza da Net

Escrevo-te com o vagar da leitura sensual...
Desenho-te no horizonte da página deserta ...
Atrevo-me no significado da letra redonda ...
E jogo-te ao pensamento da ousadia porvir.

Ouço-te na sinfonia do encontro frase...
E algemo-me no teu acto cultural amante
Como beijo em face perfumada de ânsias ...
Até à ousadia do naufrágio volúpia.

Uma simples demão de tinta impressa
Casulo matriz da multiplicação escrivã
Moldura do enlace cupido escrita livro.

Por mais que cresças palavra sentir...
Por mais que te confundam palavra dor...
Agradeço-te a regra do meu verbo vontade!

in - MOMENTOS - by OUTONO - 2009

domingo, maio 03, 2009

Na volta do correio...



...gentileza da Net

Sempre ouvi dizer... que toda a carta tem resposta.
Por mail...simpaticamente, recebi esta "resposta" ao meu "post" anterior.
Com a devida autorização, edito esta partilha.
Apesar do anónimo C. (compreensível), a beleza reportada merece-me um agradecimento muito especial.

Querido Outono,

Ouso chamar-lhe assim…
A sua missiva desabafo, encontrou eco nas minhas memórias, de momentos também por mim vividos, com um amor amigo, num passado tão recente…
A pretexto de descansar um pouco, fiz uma paragem a meio da viagem de cerca de trezentos quilómetros… estacionei o carro, abeirei-me da sombra fresca dos salgueiros à beira rio, sentei-me na relva e, continuei a leitura do livro oferecido por esse amor.
Bem perto, as fataças saltavam na água, quebrando o silêncio reinante…
A sua missiva "martela-me" o pensamento e desconcentra-me na leitura… desperta em mim, uma surpreendente necessidade de escrever; dou por mim a salivar o sabor do gelado, misturando-se os seus sabores aos meus, de morango e limão…


… sentados na areia, no calmo prazer das conversas e descobertas adolescentes, tendo por companhia um céu azul e tanto mar… depois nos lameiros junto ao rio, os desejados beijos e os seus abraços fugidios.
Agora estremeço e arrepio-me, com a lembrança dos leves toques e, o doce apertar de mãos, dos sussurros ao meu ouvido, no escurinho do cinema, de cujo filme nem lembro o nome, os nossos rostos tão próximos, à distância do beijo acontecer…
… e a agonia que senti na hora de lhe dizer adeus…


Um dia, talvez já velhinha, aquando das primeiras brumas outonais, hei-de conhecer essa sua ilha do farol…


… e enquanto permaneço na angústia das esperas, digo também;
- Amo-te tanto… até já!


Deito um último olhar às águas, respiro a calma deste lugar e, sigo viagem…

C.

Nota: Outono, obrigada p'las ondas de emoção, que nos faz sentir, quando lemos o que escreve.


O meu obrigado, pela partilha.

OUTONO - 2009