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sábado, outubro 29, 2011

NO PARAPEITO DO TEMPO


No parapeito do tempo
Olho respostas adiadas
Em notas volúveis
Nas pétalas ... que fogem...

Brinco na nuvem ousada
Com os dedos do teu criar
E entoo prazeres de quedas d'água
Qual relógio sem horas esquecido.

No parapeito do tempo
Olho respostas adiadas
Em notas volúveis
Nas pétalas ... que guardo...



in MEMÓRIAS - by OUTONO - 2009




terça-feira, outubro 25, 2011

DIZER NÃO AO NÃO !





Hoje celebro mais um infinito de folhagens secas, em terras incultas de partos desejados.

O não sentido ontem, qual texto acórdão de um correr sem carícia, deambula agora no caudal do outro imaginário não, outrora solstício, hoje apenas fita métrica,  fria aferidora do tempo e cerceadora de coerências.

Nem as partilhas se escrevem, mesmo nas memórias inférteis.

Nem as bodas se saciam nos prazeres de édenes agora desertos de estátuas de sal, onde vagueiam enxadas aleatórias.

Escrevo-te o final do final de um livro sem prelo ou edição, apenas casebre de rochas albergue, onde guardo as lágrimas que o meu olhar ocultou.

E as leituras, essas carpideiras de destinos tão salinos, como ocres indesejados, resistem ao não do voltar de páginas apócrifas onde a numeração sequencial, é mero exercício pernicioso de anulações, ou cadeados ferrugentos, onde nem a palavra chave do sim segredo, abre céus ondulantes.

Escrevo-te em queda rasante de desespero e, fecho os olhos no adivinhar do embate frio ao não corporal da falésia adamastor.

Ainda respiro o ar silvado na descida às grutas do silêncio.

Nos milímetros que ainda distanciam o meu quebrar, gostaria de ter asas, para dizer não ao não!


by José Luís OUTONO - 2011




NOTA: Após a apresentação pública de uma obra poética, lancei um desafio aos presentes :
 - DIZER NÃO AO NÃO.Este o meu sentir, em "resposta" ao repto.