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segunda-feira, novembro 14, 2011

"DA JANELA DO MEU (a)MAR"


Da autoria do escritor ANTÓNIO GANHÃO, dou a conhecer com muita honra, a sua análise sobre o meu último livro de poesia - "DA JANELA DO MEU (a)MAR" -
apresentado em 14 de MAIO de 2011, com a chancela EDIÇÕES VIEIRA DA SILVA e,
 publicado em PNET LITERATURA 
(14 de Novembro 2011)



É Outono…

O mar sopra-nos carente…


Agora é ele que nos entra dócil


Depois do mergulho d’ontem…




É Outono…


E apenas sei… que é Outono!

Este livro que nos convida a espreitar horizontes de olhares, terra fora e mar (a)dentro, abre-se em universo de poemas que deslizam, sempre, para esse (a)Mar. Da janela do meu (a)Mar, de José Luís Outono, edições Vieira da Silva, 2011.


Sobre a imensidão repousa o nosso olhar. O do poeta é feito de filtros, inquietudes e exaltação. Janela deslizante sobre o mundo em forma de onda que, numa praia, irrompe o seu caminhar como um verso se quebra em rima.


Lágrimas. Lágrimas que se secam em avalanches de dor. Encontra o poeta, no tronco meigo do corpo sólido (de mulher), esse ponto de ancoragem. A poesia de José Luís Outono existe nesse porto de abrigo, tormentoso, de poema silêncio e de mulher por soletrar.


Não o faz em tom sofrido mas de exaltação. Em enleios e odores de mar azul nascente, livro abandonado em registo de alma que fica para trás, sempre que alguém parte e, em louco passo apressado, chega ao cair do pano do teatro da vida. Nesse (a)mar, o pôr do sol é o mergulho da nossa luz.


É no Outono da vida


Que me dispo de cores


E mostro a calma do meu olhar.



No Outono...


Em cada pôr do Sol


Há um cair lento do dia


E um nascer sorriso da Lua


Moldura de noites...nossas!




É Outono...


Cheguei finalmente


A esta paleta de palavras


E brinco com as misturas da terra


Em cheiros únicos...




É Outono...


O mar sopra-nos carente ...


Agora é ele que nos entra dócil


Depois do mergulho d’ontem...




É Outono...


E apenas sei...que é Outono!


Ao escritor ANTÓNIO GANHÃO e, ao "site" PNETliteratura,

uma referência da literatura portuguesa, a minha gratidão (MAR).



José Luís Outono