há tempestades
que nos dizem
bonanças quentes
há tempestades
que nos chocam
o oceano da alma
há tempestades
que nos ceifam
o querer
há tempestades
que nos escrevem
rios corporais
há tempestades
que nos derramam
prazeres soltos
há tempestades
que nos atraiçoam
com pedriscos cortantes
há tempestades
que nascem
sem esse direito
há tempestades
que adoram
representar ciclos constantes
... ... ...
mesmo com sabor doce
não gosto de tempestades
in MOMENTOS - José Luís Outono - 2010 ( a publicar )