VESTI O SOM DO TEU POEMA
Vesti o som do teu poema cor
Na fome da manhã conhecida
Ali no arvoredo despido do céu
No ribeiro crescente do teu sorrir
Um a um cada frutar do teu desejo
Cedem na viagem das minhas mãos
Aroma do teu resguardo provocador
Nos hinos loucos dos sinos cúmplices
Como é bom ler-te em cada verso
Nos poros lacrimejantes da tua enseada
Até ao brotar do orvalho cristalino
Como é luzente o teu beber sôfrego
De lábios perdidos em mares bálsamo
Como é bom amar quando me perco em ti…
in MOMENTOS - José Luís Outono - 2012