My music...

https://youtu.be/IhAFEo8DO2o

segunda-feira, dezembro 15, 2014



PERDIDO ALGURES

- José Luís Outono -

Perdido algures nos encontros de olhares pensadores, os espelhos das águas calmas, são uma projecção diametralmente oposta aos contornos da possível quietude de um estar.
Leituras sem palavras, ditas nos frios de uma encenação gerida em sopros de ventos e caminhadas migratórias.
Esboços ou pequenos traços de contos escritos em páginas sem limite ou espessura, talvez repetidos, ou até moldados em índices de perfeição possíveis. Genuínos mestrados da continuada aprendizagem, na escola do acto de rasgar ditadores calendários, até ao limite.


BOAS FESTAS

in MOMENTOS - José Luís Outono - 2014
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402

sexta-feira, novembro 21, 2014

UMA SIMPLES FOLHA VIDA



UMA SIMPLES FOLHA VIDA

Nasceste no paraíso verde de um sonho, e oxigenaste pulmões carentes.
Sorriste aos sóis dos corredores sazonais, e foste inspiração de viagens sem destino, nos encontros da erecção dos sentidos acaso.
Teimaste num cair tardio, e fundeaste no mar chuva dos meus passos apressados.
Grato, por teres construído mais um olhar da minha vida.
Um abraço fotográfico.


in MOMENTOS - José Luís Outono - 2014

(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

segunda-feira, novembro 03, 2014

FALÉSIA MOLDURA



FALÉSIA MOLDURA

(José Luís Outono)
- excerto-

Gosto de sulcar-te, falésia eterna do meu tacto em esforço calmo.
Desafio-me na oscilação dos ventos. Ignoro-me nas alturas do teu mimar,
e respondo-te em laços de respiração contida a dois,
talvez, único código da íris denunciadora de um avistar cúmplice.
Mais logo, no recanto atapetado da montanha, com o sal da vetustez
dos luares infinitos, apenas o silêncio oculta o "silvo" de um intento continuado;
gizar com o dedo, no teu corpo húmido, em escrita desalinhada:
- ... gosto das tuas aulas, quando me ensinas o alfabeto das cores,
e eu brinco com a pontuação das vogais...
in MOMENTOS - José Luís Outono - 2013

(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

terça-feira, setembro 30, 2014

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA - OLHARES SOBRE O CONVENTO DE MAFRA

ATÉ 31 de OUTUBRO - 2014
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
"OLHARES SOBRE O CONVENTO DE MAFRA
- uma honra participar -






Desde 26 de Setembro, na Galeria do Convento de Mafra, foi inaugurada a exposição colectiva "OLHARES SOBRE O CONVENTO DE MAFRA", Mais um evento ( bem ) dinamizado pelo grupo 
" Cascais ...uma Vila...Mil Olhares..." , onde participo com muita honra. Cumpre-se, assim, a minha terceira participação em exposições de fotografia colectivas , a que junto cinco individuais. Muito grato pelo apoio.
Permitam-me partilhar uma foto de alguns dos autores presentes, da autoria de Eduardo Magalhães e, outra ao lado da minha fotografia, numa captura deJoaquim Manuel Marques Costa.
A visita, está isenta de qualquer custo..
Até 31 de Outubro, as portas estão abertas...sintam-se convidados!

quarta-feira, setembro 10, 2014

FIZ UMA PAUSA



FIZ UMA PAUSA
- José Luís Outono -

Com os teus amantes cabelos
Acariciei-me de cores provocantes
Em salpicos de olhares cascata
Nos cristais de um mar corpo
Em desejo fluorescente edénico
Fiz uma pausa…
Molhei-te tela quente bálsamo solto
Pintei um céu denso e cúmplice
No grosso acetinado dos teus lábios
Até ao grito da languidez vermelha
E rubriquei-te com a minha semente.

in MAR DE SENTIDOS - José Luís Outono - 2012
Ed. Vieira da Silva
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

quarta-feira, agosto 27, 2014


ENLACE LEVIANO
- José Luís Outono -

No enlace leviano dos ventos,
dialogo com o Sol o mapa envolvente 
dos arredores, na quietude granítica da ponte.

É aqui, que derramo os prazeres túmidos
em gestos centrífugos, onde minorias melosas
do teu ansiar, cegam as gulas do farol hibernante.

in MOMENTOS - José Luís Outono - 2012
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

terça-feira, agosto 12, 2014

DESABAFO A MEIO DA TARDE


Desabafo a meio da tarde
- José Luís Outono -

Mesmo longe da multidão, continuas com esse ar insuportável, arrogante, nariz empinado. Porquê ? Não gostas de "sereias" ... o problema é teu!
Julgas-te a única do rochedo. Sabes tudo. Dominas tudo. Até o que não sabes.
Nem um filósofo competente, seria a tua imagem.
Toma juízo. Trata da tua falésia, das tuas hortas silvestres e vê onde colocas o teu "andar". Baixa os olhos, para não tropeçares, até, na argumentação gemida e sem nexo, dos teus "disparos", em algum ricochete rochoso.
Acho interessante, a demagogia de apelares ao respeito pela tua idade, quando incendeias ideias às outras gaivotas, elegantes, com ar saudável, ou até mesmo de papo cheio, que tentas arregimentar nos teus voos cegos, quando acordas de soslaio cinzento, com a maresia.
Vou-me embora. Útil, será ler pela centésima vez, mais uns capítulos de "FERNÃO CAPELO GAIVOTA", escrito em 1970 por Richard Bach . Sabias?
Apanhei-te!

domingo, julho 20, 2014



PÉTALAS PRATA
- José Luís Outono -

Cumpliciei o teu anoitecer, lânguido tormento da saudade,
que exarou o regresso à nascente.
Nas pétalas prata do teu dormir,
cuidei do envolver suave até ao sopro do beijo voo.
Os deuses das tuas metáforas, bebem agora a espuma do sigilo, em ânsias regimentais únicas.
Gostei da comoção táctil do teu segredo e,
confidenciar o meu ousar numa loucura mergulho,
que abraçaste.
Bem-hajas sibilo natureza,
 por abrires as portadas da minha leitura salina.

in MOMENTOS - José Luís Outono - 2014

(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

domingo, julho 06, 2014



MONÇÃO
- José Luís Outono -

Perguntei ao vento sussurro, pela vontade de um encontro osmose.
Sibilou-me ao ouvido, que a Monção traz levantes de egos determinados.

Escondo-me no cais da partida saudade e, desenho com o pé nu
o nome da perda, hoje rio indefinido, sem margens gémeas.

Marés diferentes, olhares individuais, pó de amor solstício,
magma esfoliante.
Montanhas de sonhos perdidos.
E o amor ?

O amor,ensina-se nas escolas como arte em dias especiais. Só!

in MOMENTOS - José Luís Outono - 2010
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

quinta-feira, junho 26, 2014

PEDRAS NUAS



as pedras nuas do meu vagueio
continuam na espera dos correres oscilantes
do teu olhar
vestido de céus inquietos
sem caligrafia presencial
in MOMENTOS - José Luís Outono - 2014
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

sábado, maio 31, 2014

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS - BELMONTE



Mais uma agradável surpresa e, uma honra!
A Câmara Municipal de Belmonte, convidou-me ( e aceitei ) para expor algumas fotografias da minha série "OLHARES DO MEU OLHAR", que irá decorrer de 02 a 15 de Junho/2014.

Estão convidados!

quinta-feira, maio 08, 2014


PASSO A PASSO


Passo a passo viajo nestes mares etéreos
Na deriva de silêncios sem margens ou luas
Prisões de algas soltas sem norte ou fundos
Brisas intemporais de momentos ausentes.

No mapa do teu seio escondido e deserto
A ondulação do meu desejo é erro cromático
No cair crepúsculo do teu olhar emigrado
Ainda ontem perfume hoje cinza inerte.

Renasço na liberdade de sentir-me errante
Sorrio no tingir azul deste escrever sentença
Mas falta-me a tua ordem abraço bloqueadora.

Amo escrever-te no meio de livros sóis e cor
Perder-me nas estradas do acto das tuas veredas
Mas apenas encontro-te silvos amargos de acasos.



in RIO DE DOZE ÁGUAS - José Luís Outono - 2012
Antologia de poesia ( 12 poetas), com Prefácio de Joaquim Pessoa
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

domingo, abril 20, 2014

CEGARAM-ME O DIREITO DE VER A LIBERDADE


CEGARAM-ME O DIREITO DE VER A LIBERDADE
- José Luís Outono -

grito ou canto justo
frente ao palco de vozes soturnas
por mentiras encenadas em diálogos sem razão

grito ou canto justo
no seu ruir ao toque de aplausos fiéis 
de espectadores golpeados
na quarentena de direitos e anseios traídos
nas sementeiras regadas pela igualdade

grito ou canto justo
que as primaveras sejam sóis sem equívoco
manual de olhares vida
e um pedaço de terra descobridora
possa ser nascente de rios felizes

in MOMENTOS - José Luís Outono - 2014
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

quarta-feira, abril 09, 2014

APRESENTAÇÃO DE NOVO LIVRO "POETIZAR MONSARAZ" - VOL.II


CAPA DO LIVRO
29 de MARÇO - 2014
REGUENGOS DE MONSARAZ 
APRESENTAÇÃO do II VOL. - "POETIZAR MONSARAZ"

Três fotógrafos, António Caeiro ( coordenador do projecto ) , David Ramalho e João Fructuosa, desafiaram 11 poetas, Cecília Vilas Boas, Inês Valadas, Isabel Vieira, José Luís Outono, Manuel A. Belo da Silva, Manuel Manços Assunção Pedro, Manuel Sérgio, Maria Antonieta Matos, Maria José Lascas Fernandes, Maria Pereira Gonçalves e Rosa Guerreiro Dias, a interpretarem com poemas , as suas fotos alusivas a Monsaraz.
Nasceu assim, o II Vol. de "POETIZAR MONSARAZ" ,desta feita, com a chancela Coisas De Ler Editora.
Pela minha parte, foi uma honra ter participado. E, nem uma arreliadora "quase gripe", que originou cuidados médicos, impossibilitou de estar presente.
A TODOS, o meu grato abraço pelo convite, carinho e amizade.

LEITURA DE UM DOS MEUS POEMAS

NAMORO-TE

Nos aromas fugas de um azul caseiro,
forro de prazeres as pedras do teu trajar
nas oferendas de cada namoro.

Gosto do ocre tisnado,
nos sabores de cada esquina,
na tutela do teu orgulho, no palco do teu viver.

Amo cinzelar cada pedra do teu corpo,
como se cada passo fosse um acto louco
de namoro febril.

Todas as noites, simulas luares plenos,
olhares circundantes, na procura dos rios aprazíveis
das metáforas ocultas, nos medos infantis.

E o caudal feérico das margens de cada enleio,
ditam secretas reentrâncias no imaginário
de cada leito convite.

Quero, almejo, exijo
tatuar o teu nome nos vocábulos do meu sentir
em cada ousadia onde me desencontre...

porque a tua fidelidade, ancora-me.
José Luís OUTONO

(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)




sexta-feira, março 14, 2014

LIVRO ASSIMÉTRICO



LIVRO ASSIMÉTRICO



no livro assimétrico sem prefácio
reina o continuar ousado
das leituras esquinadas
de olhos sonhadores e sensíveis

o numérico Sol
recusa ser marcador testemunho
de um simples avançar
até ao encontro luarento

margens desfiladeiros e jardins
tecem o retrato de ontem
talvez sulcos ou rasgos denunciadores
de um viver necessário

in MOMENTOS - José Luís Outono - 2014
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

domingo, fevereiro 23, 2014

TEMPOS AFOGADOS



os traços castanhos da passagem 
cega do tempo
coloram as marcas da indiferença
feita arremesso 
ditador

in MOMENTOS - José Luís Outono - 2014

(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

FOTOPOEMA



FOTOPOEMA


in MOMENTOS - José Luís Outono - 2011
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

quinta-feira, janeiro 30, 2014

CENÁRIO CROMÁTICO



no gelo das soberanias pensadas liberdades
o verde dito esperança de olhares perdidos
é um cenário cromático de passagens insensíveis
e incertos caminhares nas ravinas da mudez

in MOMENTOS - José Luís Outono - 2013

(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)

quinta-feira, janeiro 16, 2014

PARÁGRAFOS


PARÁGRAFOS
- José Luís Outono -


Escrevi na laje , agora húmida, pela invernia constante, o reflexo dos tempos únicos de um ontem, não muito ausente.

Cada vez, que o ponto final indiciava um atrevimento, o parágrafo renascia e, fazia adiar 
o cair do sol, na praia de sempre.

O beijo, era uma constante primavera. Um mundo diferente, em cada indecisão. Apenas, o sabor certificava a origem de luares perdidos, em "leituras" sem encenação. Os palcos, eram os mais variados, na cronologia do sonho. E, até os velhos degraus, apesar de memorizados, faziam sempre tropeçar a cegueira de uma dança sempre diferente, mas igual.

O velho recanto, onde a milenar falésia ainda resiste, apesar da fissura gradualmente maior, continua a ser o éden de ecos, nunca fingidos.

in MOMENTOS - José Luís Outono - 2013
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)
i