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quinta-feira, janeiro 16, 2014

PARÁGRAFOS


PARÁGRAFOS
- José Luís Outono -


Escrevi na laje , agora húmida, pela invernia constante, o reflexo dos tempos únicos de um ontem, não muito ausente.

Cada vez, que o ponto final indiciava um atrevimento, o parágrafo renascia e, fazia adiar 
o cair do sol, na praia de sempre.

O beijo, era uma constante primavera. Um mundo diferente, em cada indecisão. Apenas, o sabor certificava a origem de luares perdidos, em "leituras" sem encenação. Os palcos, eram os mais variados, na cronologia do sonho. E, até os velhos degraus, apesar de memorizados, faziam sempre tropeçar a cegueira de uma dança sempre diferente, mas igual.

O velho recanto, onde a milenar falésia ainda resiste, apesar da fissura gradualmente maior, continua a ser o éden de ecos, nunca fingidos.

in MOMENTOS - José Luís Outono - 2013
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)
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